Minas Gerais alcançou uma marca histórica ao registrar menos de 1 milhão de analfabetos pela primeira vez, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A redução de 22% na quantidade de analfabetos no estado, entre 2010 e 2022, reflete um esforço contínuo para melhorar a alfabetização. Em 2010, o número de pessoas que não sabiam ler ou escrever era de 1 milhão e 265 mil, número que caiu para 985 mil em 2022.
A informação, divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Censo da Alfabetização 2022, destaca que, apesar da redução significativa, Minas Gerais ainda apresenta o pior desempenho entre os estados da região Sudeste.
Humberto Sette, coordenador técnico do Censo Demográfico do IBGE 2022 em Minas, explicou que essa redução faz parte de uma tendência de longa data. "Tanto ao nível do país, como em Minas Gerais, a sociedade brasileira mantém um movimento muito consistente de redução do analfabetismo. Isso é um fato que a gente vem observando há cerca de cinco décadas e os dados de 2022 confirmaram isso”, afirmou Sette. “Em Minas Gerais, se, em 2010, tínhamos uma taxa de alfabetização que chegava a 91,7%, agora a gente avançou para 94,15%, que é um aumento consistente e isso ocorre, como disse, no país, em Minas Gerais e em todos os municípios”.
Apesar do avanço na redução do analfabetismo, tanto Minas Gerais quanto o Brasil enfrentam o desafio das desigualdades regionais. Sette destacou que Minas reflete a situação do país como um todo, com o Sul e o Sudeste apresentando taxas de analfabetismo mais baixas, enquanto o Norte e o Nordeste enfrentam índices mais elevados.
A análise por faixa etária revela ainda que a taxa de analfabetismo é maior entre a população mais velha. Em Minas Gerais, 20% dos moradores com 65 anos ou mais não sabem ler ou escrever, enquanto entre as pessoas de 15 a 24 anos, a taxa é de apenas 1%.
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