O retorno das fortes chuvas ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, 10 de maio, traz consigo a possibilidade de que as enchentes na capital do estado persistam por até um mês. Após um período de estiagem, a instabilidade climática promete perdurar até segunda-feira, 13 de maio, com previsão de precipitações que podem ultrapassar os 200mm.
De acordo com o MetSul Meteorologia, apesar de os níveis do rio Guaíba, que circunda a capital gaúcha, estarem em declínio, a retomada das chuvas pode reverter esse processo e provocar uma nova enchente. As medições indicam que, na manhã desta sexta-feira, o Guaíba registrava 4,73 metros na régua do Cais Mauá, próximo ao Centro. No auge da cheia no último fim de semana, esse nível ultrapassou os 5,30 metros.
O movimento ascendente e descendente do nível do Guaíba é influenciado pela vazão dos rios Jacuí, Taquari-Antas, Sinos-Paranhana, Caí e Gravataí, bem como pela direção do vento. Embora a vazão desses rios próximos ao Guaíba esteja diminuindo, não há previsão de ventos do sul neste fim de semana para represar o Guaíba no norte da Lagoa dos Patos.
O alerta é emitido em função das águas que devem chegar a Porto Alegre durante a próxima semana. Embora o nível do Guaíba esteja atualmente mais baixo, uma segunda onda de vazão causada pela chuva pode elevar novamente o nível do rio. "Levará tempo para que o Guaíba baixe abaixo da cota de transbordamento de 3,00 metros. Em 1941, a enchente durou mais de um mês", informou o comunicado do MetSul.
Segundo o instituto, as chuvas devem cessar na terça-feira, 14 de maio, com a chegada de uma massa de ar mais seco e frio. O tempo melhorará e o sol aparecerá, marcando o primeiro dia com características de inverno do ano, com temperaturas mínimas em torno de 10°C e máximas de 16°C.
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