O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta quarta-feira (22) que o país possui 5.000 mísseis Igla-S de fabricação russa, distribuídos em postos estratégicos, em meio a acusações de ameaça militar dos Estados Unidos. Segundo Maduro, os armamentos portáteis de defesa antiaérea têm a função de proteger o território nacional e garantir a paz diante de movimentações estrangeiras.
A tensão entre os dois países se intensificou desde 2 de setembro, quando os Estados Unidos enviaram ao Mar do Caribe uma flotilha de contratorpedeiros, embarcações com forças especiais e um submarino, alegando a necessidade de combater o tráfico de drogas e lanchas classificadas como “narcoterroristas” provenientes da Venezuela. O governo venezuelano interpreta essas operações como atos de assédio e pressão política, visando desestabilizar o regime de Maduro.
Em pronunciamento transmitido pela televisão estatal, o presidente venezuelano destacou que o sistema Igla-S, projetado para abater aeronaves em baixa altitude, já foi utilizado em exercícios militares recentes, como forma de demonstrar capacidade defensiva diante do destacamento americano. A declaração ocorre em meio a um contexto de escalada militar e diplomática na região, com repercussões tanto para a política interna venezuelana quanto para as relações bilaterais com os Estados Unidos.
Integrantes do alto comando militar acompanharam o pronunciamento, reforçando a mensagem de que o país se encontra preparado para qualquer eventualidade, enquanto Maduro reforça a narrativa de resistência a pressões externas e afirma que a Venezuela manterá sua soberania frente às ações estrangeiras.
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