A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (15), três mandados de busca e apreensão em Minas Gerais como parte da Operação Resgate, que apura um esquema de fraudes milionárias contra a Receita Federal. Segundo as investigações, o grupo criminoso teria causado prejuízo de R$ 348 milhões aos cofres públicos por meio de manipulação de sistemas tributários e lavagem de dinheiro em larga escala.
De acordo com a PF, o valor desviado poderia ultrapassar R$ 3 bilhões caso o grupo não tivesse sido identificado e as investigações interrompidas. A Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias, apreensão de bens e registros patrimoniais dos investigados, com o objetivo de recuperar parte dos recursos obtidos ilegalmente.
A operação atual é um desdobramento da Operação Inflamável, deflagrada em 2023, que resultou na condenação de integrantes da organização criminosa por 196 crimes de estelionato consumado, 1.085 tentativas de estelionato e associação criminosa. As penas aplicadas aos líderes do esquema ultrapassam 26 anos de reclusão.
A Operação Resgate tem como foco o rastreamento e sequestro de bens adquiridos com o lucro das fraudes, entre eles imóveis de alto padrão, veículos de luxo e ativos empresariais usados para ocultar o dinheiro.
A Polícia Federal informou que as investigações continuam para aprofundar a apuração sobre a ocultação e dissimulação de capitais realizada por meio de empresas de fachada e movimentações financeiras complexas. A Receita Federal e o Ministério Público Federal atuam em conjunto com a corporação para identificar todos os envolvidos e dimensionar o impacto total do esquema no sistema tributário nacional.
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