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Carla Zambelli inicia greve de fome em prisão na Itália e pede que governo negue extradição ao Brasil

Deputada federal licenciada enviou carta ao ministro da Justiça italiano, alegando perseguição política e questionando decisão do STF

11/10/2025 às 12h30
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados
Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) iniciou uma greve de fome nesta quinta-feira (9), em protesto contra a decisão da Justiça italiana que manteve sua prisão preventiva enquanto tramita o processo de extradição para o Brasil. A informação foi divulgada por meio de uma carta enviada ao ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, e publicada por seu advogado, Fabio Pagnozzi.

Zambelli está detida no complexo penitenciário de Rebibbia, em Roma, desde que foi localizada na Itália após fugir do Brasil. Ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O pedido de extradição foi formulado pelo governo brasileiro a partir de decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

Na carta, a parlamentar afirma ser vítima de perseguição política e diz que sua condenação é “injusta e sem provas”. Zambelli pede que o governo italiano negue sua extradição, alegando que só encerrará a greve de fome caso o ministro Nordio intervenha.
“Por ter a absoluta certeza de que o senhor não tomou a melhor decisão, começo hoje uma greve de fome que só o senhor pode acabar, negando minha extradição, o que me colocará em liberdade, que é o correto”, escreveu a deputada.

Em outro trecho, Zambelli questiona diretamente o ministro italiano, em referência ao ministro Alexandre de Moraes:

“Com esse consentimento seu em manter uma cidadã inocente na cadeia, o senhor está de mãos dadas com o próprio demônio e vai se sujar também?”

A manifestação ocorre após a Justiça italiana rejeitar o recurso apresentado pela defesa de Zambelli, que solicitava a conversão da prisão em uma medida alternativa, como o uso de tornozeleira eletrônica. O tribunal, entretanto, considerou que o risco de fuga da parlamentar era “de grau máximo” e decidiu mantê-la sob custódia.

De acordo com o tribunal italiano, a unidade prisional em que a deputada está detida possui estrutura médica adequada, com acompanhamento constante e administração de terapias conforme as recomendações médicas. O laudo foi apresentado em uma audiência realizada no final de agosto.

Enquanto isso, o processo de extradição segue em tramitação. O governo italiano deverá decidir, nos próximos dias, se acata ou não o pedido feito pelo governo brasileiro, que busca trazer Zambelli de volta ao país para o cumprimento da pena imposta pelo STF.

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