Um levantamento do Censo Demográfico 2022, divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que grande parte da população de Belo Horizonte enfrenta deslocamentos longos para chegar ao trabalho. Segundo os dados, 32% dos trabalhadores da capital mineira gastam entre 30 minutos e uma hora em seus trajetos diários, enquanto 17% passam de uma a duas horas no percurso.
Apesar do alto percentual de deslocamentos mais demorados, 28% dos trabalhadores conseguem chegar ao trabalho em 15 a 30 minutos, 15% em até 15 minutos e 5% em até cinco minutos. Em situações extremas, 1% da população leva entre duas e quatro horas para chegar ao emprego, e outro 1% gasta mais de quatro horas.
A pesquisa, que abrange sete dias de julho de 2022, contabilizou trajetos diretos entre domicílio e local de trabalho principal, sem considerar paradas intermediárias, como levar filhos à escola. Foram avaliadas pessoas que se deslocam para o trabalho pelo menos três vezes por semana.
O levantamento também abrangeu os municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Em Contagem, Betim, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Sabará, Esmeraldas, Ibirité e Vespasiano, mais de 30% dos trabalhadores levam entre 30 minutos e uma hora para se deslocar diariamente. Em algumas cidades, como Matozinhos e Pedro Leopoldo, 31% dos trabalhadores gastam entre uma e duas horas em seus trajetos.
O estudo detalha os tempos de deslocamento por cidade. Em Belo Horizonte, por exemplo, 5% dos trabalhadores gastam até cinco minutos, 15% entre seis e 15 minutos, 28% entre 15 e 30 minutos, 32% de 30 minutos a uma hora, 17% de uma a duas horas e 1% de duas a quatro horas. Em Betim, 6% levam até cinco minutos, 17% de seis a 15 minutos, 32% de 15 a 30 minutos, 28% de 30 minutos a uma hora e 15% entre uma e duas horas. Em Contagem, 7% gastam até cinco minutos, 17% de seis a 15 minutos, 27% de 15 a 30 minutos, 31% de 30 minutos a uma hora e 16% de uma a duas horas.
Cidades menores, como Caeté, Esmeraldas e Ibirité, apresentam variações semelhantes. Em Caeté, 41% dos trabalhadores gastam de 30 minutos a uma hora e 25% de uma a duas horas. Em Esmeraldas, 28% dos trajetos levam de 30 minutos a uma hora e 27% de uma a duas horas. Já em Ibirité, 31% dos deslocamentos duram de 30 minutos a uma hora, enquanto 27% chegam a uma a duas horas.
Entre os municípios analisados, São Joaquim de Bicas apresenta a maior proporção de trabalhadores com trajetos curtos: 35% chegam em 15 a 30 minutos, 27% gastam 30 minutos a uma hora e apenas 9% de uma a duas horas. Em Vespasiano, 31% dos trabalhadores levam entre 30 minutos e uma hora, e 26% de uma a duas horas.
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