17°C 26°C
Lagoa Santa, MG
Publicidade

Vacina brasileira contra a Covid-19 desenvolvida pela UFMG avança para fase final de testes

Imunizante SpiN-TEC apresentou alta segurança, eficácia e menos efeitos colaterais que a vacina da Pfizer

09/10/2025 às 10h30
Por: Bianca Guimarães
Compartilhe:
Foto: Divulgação / UFMG
Foto: Divulgação / UFMG

O Brasil deu mais um passo importante rumo à autossuficiência na produção de vacinas. A SpiN-TEC, imunizante contra a Covid-19 desenvolvido pelo Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), entrou na fase final de estudos clínicos após apresentar resultados positivos de segurança e eficácia.

O primeiro artigo científico sobre o desempenho da SpiN-TEC foi publicado recentemente, confirmando que a vacina é segura e capaz de induzir resposta imune em humanos. Segundo o pesquisador e coordenador do CT-Vacinas, Ricardo Gazzinelli, o imunizante apresentou menos efeitos colaterais do que a vacina da Pfizer, utilizada como base comparativa nos estudos. “Concluímos que a SpiN-TEC é imunogênica, segura e até melhor tolerada. Ela induziu menos reações adversas que o imunizante da Pfizer”, explicou Gazzinelli.

O projeto recebeu R$ 140 milhões em investimentos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da RedeVírus, e é considerado um dos maiores esforços nacionais no campo da biotecnologia desde o início da pandemia. A expectativa é que, após a conclusão dos testes e aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina possa ser disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até o início de 2027.

A SpiN-TEC se diferencia por utilizar uma estratégia inovadora de imunização celular, que prepara o organismo para eliminar células infectadas pelo vírus da Covid-19. Essa tecnologia mostrou resultados promissores contra diversas variantes do coronavírus em ensaios pré-clínicos e nos estudos iniciais em humanos.

As fases 1 e 2 dos testes clínicos contaram, respectivamente, com 36 e 320 voluntários, e demonstraram a segurança e eficácia do imunizante. Agora, os pesquisadores aguardam autorização para iniciar a fase 3, que deve envolver cerca de 5,3 mil voluntários em todas as regiões do país.

Para Gazzinelli, o avanço da SpiN-TEC representa um marco histórico para a ciência brasileira, pois comprova a capacidade do país de desenvolver um imunizante desde a pesquisa acadêmica até os testes clínicos avançados. “O que normalmente vemos são vacinas importadas sendo testadas aqui. Desta vez, o Brasil é o responsável por toda a criação, desenvolvimento e aplicação dos ensaios”, destacou o pesquisador.

Além da SpiN-TEC, o CT-Vacinas da UFMG mantém outras linhas de pesquisa voltadas à prevenção de doenças como malária, leishmaniose, doença de Chagas e monkeypox, reforçando o papel da universidade como referência nacional em inovação científica e tecnológica na área da saúde.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Lagoa Santa, MG
24°
Parcialmente nublado

Mín. 17° Máx. 26°

24° Sensação
6.69km/h Vento
57% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
05h29 Nascer do sol
05h55 Pôr do sol
Sex 31° 16°
Sáb 28° 18°
Dom 28° 18°
Seg 32° 16°
Ter 21° 18°
Atualizado às 13h04
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,37 +0,69%
Euro
R$ 6,21 +0,08%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 688,022,97 -2,03%
Ibovespa
141,624,47 pts -0.37%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade