O número de mortes relacionadas à intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol em São Paulo subiu para três, segundo atualização divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado na noite desta terça-feira (7/10). Além das fatalidades confirmadas, outros 158 casos seguem sob investigação, assim como sete óbitos adicionais cujas causas ainda estão sendo apuradas.
A vítima mais recente é Bruna Araújo, de 30 anos, que morreu na segunda-feira (6) em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A jovem havia sido internada após apresentar morte cerebral na sexta-feira (3), após consumir um drinque de vodca com suco de pêssego contaminado com metanol. Os outros dois óbitos confirmados ocorreram na capital paulista e envolvem homens de 48 e 54 anos.
Entre os sete óbitos ainda em investigação, estão quatro na cidade de São Paulo, dois em São Bernardo do Campo e um em Cajuru. Todas as vítimas são homens, com idades variando entre 26 e 58 anos. Além disso, as autoridades seguem acompanhando os 158 casos de intoxicação que não resultaram em morte, enquanto tentam identificar a origem das bebidas adulteradas.
A Polícia Civil e o Ministério Público intensificaram as investigações e já realizaram 21 prisões nos últimos sete dias de pessoas suspeitas de envolvimento com a falsificação e comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas. Entre os detidos, está um homem apontado como o principal fornecedor de insumos usados na falsificação. Desde o início do ano, 42 pessoas já foram presas por suspeita de participação no mercado clandestino de bebidas alcoólicas.
As linhas de investigação apontam que o metanol pode ter sido utilizado para lavar embalagens ou para aumentar o volume das bebidas, práticas que representam risco grave à saúde. As autoridades reforçam alertas à população sobre a importância de consumir produtos de procedência confiável e orientam que qualquer suspeita de contaminação seja comunicada imediatamente às unidades de saúde e aos órgãos competentes.
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