O rapper Hungria teve a presença de metanol confirmada em exames laboratoriais, segundo informou sua assessoria nesta terça-feira (7/10). O novo resultado, divulgado após análises feitas pelo Laboratório Richet, da Rede D’Or, indica uma concentração de 0,54 mg/dL da substância no sangue do artista — mais que o dobro do limite de referência, que é de 0,25 mg/dL. A constatação contradiz o laudo anterior do Ministério da Saúde, que havia descartado a suspeita de intoxicação.
De acordo com a equipe médica, o cantor apresentou sintomas compatíveis com intoxicação por álcool tóxico e recebeu tratamento emergencial com uso de antídoto e hemodiálise precoce. Hungria permaneceu internado por três dias em Brasília, onde foi acompanhado pelo médico Leandro Machado, e recebeu alta após boa evolução clínica. Segundo a assessoria, ele já iniciou o retorno gradual à agenda de compromissos.
O novo laudo foi divulgado um dia após o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informar que os exames anteriores não haviam detectado metanol no sangue do cantor. Com base nesses resultados, o Ministério chegou a retirar o nome de Hungria da lista de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Distrito Federal.
O metanol é um álcool industrial utilizado na produção de combustíveis, solventes e tintas, sendo altamente tóxico para o consumo humano. Mesmo pequenas quantidades podem causar danos neurológicos, cegueira e insuficiência renal, podendo ser fatal em casos de ingestão de bebidas adulteradas.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) segue investigando o caso. De acordo com a corporação, não foram encontradas evidências de metanol nas amostras de bebidas recolhidas em Brasília, mas a análise de produtos consumidos pelo artista em outros estados ainda está em andamento. Uma casa de shows em São Bernardo do Campo (SP), onde Hungria se apresentou antes de passar mal, foi interditada preventivamente.
Em nota, a assessoria do cantor afirmou que a divulgação do comunicado teve como objetivo “esclarecer informações e evitar especulações” e que a equipe médica aguarda os exames de contraprova para confirmar o diagnóstico. “O resultado confirma a exposição à substância, e o artista permanece sob acompanhamento médico, em recuperação e retomando gradualmente sua rotina profissional”, diz o texto.
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