A Polícia Civil de São Paulo intensificou as ações contra a adulteração de bebidas alcoólicas nos últimos dias, com prisões e apreensões que chegam a números inéditos neste ano. Entre sexta-feira (3) e a noite de sábado (4), 41 pessoas foram detidas em operações realizadas na capital, na Região Metropolitana e em cidades do interior, como Diadema, Santo André, Jacareí e Jundiaí.
A medida busca frear a circulação de produtos que possam conter substâncias nocivas, como o metanol, responsável por intoxicar ao menos 14 pessoas no estado e causar duas mortes confirmadas. Atualmente, outros 178 casos suspeitos estão sob investigação, incluindo sete óbitos em apuração.
Somente desde a última segunda-feira (29), mais de 7 mil garrafas foram retiradas do mercado para análise. Esse volume se soma às 50 mil unidades já apreendidas ao longo de 2025 em todo o estado, demonstrando o esforço contínuo das autoridades. Segundo a Polícia Civil, algumas contaminações podem ter ocorrido durante a limpeza inadequada dos recipientes, o que reforça a necessidade de fiscalização rigorosa.
Como resposta à crise sanitária, o governo de São Paulo, por meio do governador Tarcísio de Freitas, determinou o cancelamento da inscrição estadual de estabelecimentos comprovadamente envolvidos na venda de bebidas adulteradas, medida equivalente ao fechamento definitivo do comércio. Até o momento, 11 estabelecimentos permanecem interditados cautelarmente para coleta de amostras e verificação do metanol pela Polícia Científica. Interdições adicionais podem ocorrer por problemas de higiene e armazenamento inadequado.
Além das apreensões e prisões, uma força-tarefa de fiscalização esteve presente em uma tradicional festa universitária em Araraquara no sábado (4), inspecionando 1.400 garrafas de destilados. A ação envolveu Vigilâncias Sanitárias e Polícia Civil, que conferiram notas fiscais, lacres e rótulos, sem identificar indícios de adulteração, garantindo a segurança do evento.
A operação faz parte de um esforço mais amplo das autoridades paulistas para conter a circulação de bebidas contaminadas, proteger a população e coibir práticas irregulares no comércio de álcool.
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