A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um processo administrativo disciplinar (PAD) contra a delegada Monah Zein, envolvida no episódio em que disparou contra policiais dentro de seu apartamento, no bairro Ouro Preto, Região da Pampulha, em Belo Horizonte, em 2023. Embora tenha sido absolvida da acusação de tentativa de homicídio, a servidora ainda responde por um dos disparos efetuados durante o caso que teve grande repercussão à época.
O procedimento foi publicado no Diário Oficial do Estado neste sábado (4) pela corregedora-geral Elizabeth de Freitas Assis Rocha. De acordo com o documento, Monah Zein teria abandonado o cargo por mais de 30 dias consecutivos, o que configura transgressão disciplinar prevista no artigo 158, inciso I, §1º, da Lei Estadual nº 5.406/69 — infração que pode resultar em demissão.
A comissão especial encarregada da apuração será presidida pelo delegado Rodrigo Baptista Damiano e composta por outros dois delegados e uma secretária. O processo deve ser concluído em até 60 dias após a citação da servidora, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Caso Monah não se manifeste ou não compareça aos autos, um servidor será designado para atuar como seu defensor.
O paradeiro da delegada, entretanto, é incerto. Monah Zein, que recebia salário de cerca de R$ 16 mil, não foi localizada pela Justiça em diversas tentativas de intimação. Em agosto, a juíza Ana Carolina Rauen Lopes, do Tribunal do Júri de Belo Horizonte, determinou buscas em sistemas judiciais para tentar encontrar endereços da denunciada. Como não houve sucesso, foi expedida citação por edital.
Desde o incidente, Monah Zein mantém-se afastada das redes sociais e de atividades públicas. Caso a Corregedoria confirme o abandono do cargo e demais irregularidades, o processo poderá culminar na demissão da delegada.
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