O Ministério das Relações Exteriores confirmou, nesta terça-feira (7/10), a libertação dos brasileiros que haviam sido detidos por forças israelenses durante uma missão humanitária com destino à Faixa de Gaza. O grupo integrava a flotilha Global Sumud, composta por mais de 40 embarcações e cerca de 420 ativistas de diversas nacionalidades. A ação tinha caráter pacífico e buscava levar alimentos, água e medicamentos à população palestina.
De acordo com o Itamaraty, os 13 brasileiros, entre eles a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), foram levados até a fronteira com a Jordânia, onde receberam assistência da Embaixada do Brasil em Tel Aviv antes de serem liberados. O ministério informou que manteve contato permanente com as autoridades israelenses para garantir a segurança e o retorno dos cidadãos ao país.
A interceptação da flotilha ocorreu em águas internacionais, segundo relato dos ativistas. O episódio reacendeu debates sobre o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza, medida que o governo brasileiro classificou, em nota oficial, como uma violação ao direito internacional humanitário. O Itamaraty também conclamou a comunidade internacional a se mobilizar pelo fim das restrições impostas à região.
Durante o período de detenção, a deputada Luizianne Lins divulgou um vídeo nas redes sociais relatando que havia sido levada contra sua vontade pelas forças israelenses. Na gravação, a parlamentar apelou ao governo brasileiro para intervir diplomaticamente e reiterou seu posicionamento crítico em relação à atuação de Israel no conflito.
Com o encerramento das negociações e a liberação do grupo, o Ministério das Relações Exteriores informou que seguirá acompanhando a situação no Oriente Médio e reforçou o compromisso do Brasil com o respeito ao direito humanitário e à proteção de civis em zonas de conflito.
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