A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta sexta-feira (3), um motoboy de 25 anos suspeito de cometer crimes de importunação sexual em diferentes bairros de Belo Horizonte. De acordo com as investigações, ele abordava mulheres sozinhas, parava a motocicleta e se masturbava diante delas. Até o momento, nove vítimas foram identificadas, incluindo adolescentes e mulheres adultas.
Segundo a delegada Larissa Mascotte, titular da Delegacia Especializada de Investigação a Violência Sexual, a identificação do suspeito foi possível graças a imagens captadas por câmeras de segurança de comércios e residências próximas aos locais das ocorrências. “Ele simulava uma conversa inicial, perguntava as horas, e em seguida iniciava o ato obsceno. Essa era a forma de abordagem relatada pelas vítimas”, explicou.
O homem compareceu à delegacia acompanhado de um advogado após ser intimado para prestar depoimento e, ao final do interrogatório, recebeu voz de prisão. A Polícia Civil já havia obtido um mandado judicial contra ele. Durante a oitiva, permaneceu em silêncio na maior parte do tempo e afirmou não se recordar das situações.
O suspeito é casado, tem um filho pequeno e trabalhava em um sacolão durante a manhã, além de realizar entregas no período da tarde. Ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. Caso seja condenado por importunação sexual, poderá cumprir pena de até cinco anos de prisão.
As investigações apontam que os crimes começaram em novembro de 2024, quando uma adolescente de 12 anos foi abordada no bairro Industrial, na região do Barreiro. Nos meses seguintes, especialmente entre julho e setembro deste ano, outras oito ocorrências foram registradas. As vítimas tinham entre 13 e 32 anos e relataram situações semelhantes em diferentes regiões da capital, incluindo os bairros Salgado Filho, Sagrada Família, Nova Floresta, Barroca, Grajaú e Paraíso.
Em um dos casos, uma mulher de 26 anos foi alvo do suspeito duas vezes no mesmo ponto do bairro Barroca, com intervalo de um mês entre os episódios. Apenas na segunda abordagem ela procurou a polícia.
A delegada Larissa Mascotte ressaltou que outras vítimas podem existir e ainda não procuraram as autoridades. A Polícia Civil pede que mulheres que tenham passado por situações semelhantes façam a denúncia para contribuir com as investigações.
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