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O soldado da Polícia Militar de Minas Gerais Thiago Belizar, de 26 anos, morreu nessa sexta-feira (3) durante uma perseguição policial em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O militar pilotava uma motocicleta quando colidiu com uma caminhonete na rua Gama Neto, no bairro Barreiro do Amaral, enquanto tentava alcançar dois suspeitos que fugiam em outra moto.
De acordo com o relato do motorista envolvido no acidente, a manobra dos fugitivos teria empurrado a moto do policial em direção ao carro. O soldado iniciou o acompanhamento sozinho e, em seguida, recebeu apoio de outros dois colegas. Os suspeitos ainda não foram localizados até o momento. O condutor da caminhonete foi detido por crime de trânsito.
Thiago Belizar seguiu a carreira inspirado pelo pai, Ezequiel Belizar, policial militar da reserva há sete anos. Em entrevista, o pai descreveu o filho como um jovem motivado pela vocação. “Eu entrei na polícia para ter estabilidade, mas o Thiago entrou por paixão. Ele tinha habilidade, coragem e entusiasmo para fazer o que mais gostava: prender marginais. Era a natureza dele”, afirmou.
O soldado deixa dois filhos: um menino de 6 anos, de um relacionamento anterior, e outro de 2 anos com a atual esposa, que está grávida. A família ainda aguarda a liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML) para definir o horário do velório, previsto para este sábado (4).
Em nota oficial, o comandante-geral da PM, coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, manifestou pesar pela morte e destacou o comprometimento do soldado. “Que o exemplo de dedicação e bravura do soldado Belizar permaneça como legado de honra e serviço à população mineira”, diz o comunicado.
Thiago, segundo o pai, já havia participado de diversas perseguições ao longo da carreira e acumulava prisões em seu histórico. “Ele sempre quis ser policial, cresceu admirando meu trabalho. Era muito dedicado e não tinha medo de enfrentar os riscos da profissão”, relembrou Ezequiel.
A morte do militar ocorre em meio à rotina de riscos enfrentada diariamente por policiais em ações de combate à criminalidade. A corporação acompanha as investigações sobre o caso, enquanto familiares e colegas se preparam para a despedida.
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