O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (2/10) que o país já registra 59 notificações de suspeita de intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Do total, 11 casos foram confirmados e outros 48 permanecem em investigação.
Há uma morte confirmada em São Paulo por exame laboratorial e outras sete em análise — três na capital paulista, duas em São Bernardo do Campo e duas em Pernambuco.
O rapper Hungria, de 33 anos, foi internado em Brasília após apresentar sintomas compatíveis com intoxicação: fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva e acidose metabólica. Ele passou por hemodiálise e tratamento com etanol farmacêutico. Segundo a equipe médica, está fora de risco iminente, mas precisou cancelar os próximos shows.
O governo federal instalou uma sala de situação para acompanhar os casos e anunciou a compra emergencial de 4.300 ampolas de etanol farmacêutico, além de preparar a importação do fomepizol, antídoto usado contra intoxicação por metanol.
A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária realizaram operações em São Paulo e interditaram estabelecimentos suspeitos de vender bebidas adulteradas. O Ministério da Saúde também emitiu nota técnica a estados e municípios para que todas as suspeitas sejam notificadas imediatamente.
O metanol é altamente tóxico e, mesmo em pequenas quantidades, pode causar cegueira, falência renal e morte. Autoridades recomendam que a população evite bebidas de origem desconhecida até que as investigações avancem.
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