Mensagens compartilhadas em grupos de WhatsApp nas últimas horas afirmavam que pacientes estariam internados em hospitais de Belo Horizonte com suspeita de intoxicação por metanol. Trechos das publicações citavam um homem de 31 anos em estado grave e outro jovem de 19 anos, ambos supostamente intoxicados após consumir bebidas alcoólicas, como vodca e gim, durante eventos na capital. No entanto, as unidades de saúde consultadas e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) desmentiram a circulação dessas informações, classificando-as como falsas.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da PBH informou que não recebeu notificações sobre casos de intoxicação por metanol na cidade. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) corroborou a posição e esclareceu que até o momento não há registros suspeitos no estado, embora tenha reforçado às regionais a importância da notificação imediata caso surja algum caso.
O alerta em nível nacional foi reforçado pelo Ministério da Saúde. Até a noite de terça-feira (30/9), 26 casos suspeitos de intoxicação por metanol haviam sido notificados no país, principalmente em São Paulo, com três casos adicionais reportados em Pernambuco na manhã desta quarta-feira (1º/10). Durante coletiva, o ministro Alexandre Padilha explicou que, com o aumento da vigilância, é esperado que o número de casos suspeitos notificados cresça nos próximos dias, alertando que a situação pode atingir outras regiões.
Em paralelo, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Procon, emitiu recomendação a fabricantes, distribuidores e estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas no estado, incluindo bares, restaurantes, hotéis e organizadores de eventos. O documento orienta que os produtos disponibilizados ao mercado sejam seguros, respeitando normas de identidade, qualidade, registro e rastreabilidade, e solicita que as entidades informem, em até 30 dias, as medidas adotadas para garantir o cumprimento das orientações. O órgão destacou que, caso haja descumprimento ou risco aos consumidores, poderá adotar medidas judiciais e extrajudiciais para responsabilizar os responsáveis.
Diante da circulação de boatos, autoridades reforçam a necessidade de checar informações antes de compartilhar e lembram que até o momento não há registros de intoxicação por metanol em Belo Horizonte e em Minas Gerais.
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