Uma mulher de 25 anos foi presa em Belo Horizonte após um episódio de violência dentro do Hospital Infantil João Paulo II, na Região Centro-Sul da capital. Ela é suspeita de ferir uma enfermeira de 52 anos com uma agulha que teria sido utilizada em seu bebê de três meses, diagnosticado com HIV. O caso aconteceu durante um procedimento de coleta de sangue e resultou na abertura de inquérito pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
De acordo com o boletim de ocorrência, após a coleta, a mãe teria retirado o material e perfurado a mão da profissional de saúde. Em depoimento, a suspeita negou a intenção de ferir a enfermeira. Segundo ela, o que ocorreu foi uma reação impulsiva: teria retirado o acesso venoso do filho por discordar do procedimento e arremessado a agulha ao chão, sem a intenção de atingir a vítima.
A polícia, no entanto, manteve a prisão em flagrante da mulher, enquadrando-a no artigo 131 do Código Penal, que prevê punição para quem pratica ato capaz de transmitir moléstia grave com risco de contágio. O crime é considerado de perigo comum.
A enfermeira foi encaminhada ao Hospital João XXIII, onde recebeu o tratamento preventivo indicado para casos de exposição ao vírus da AIDS. Em nota, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) repudiou a agressão, manifestou solidariedade à servidora e afirmou que ela terá todo o suporte necessário.
Após o episódio, mãe e enfermeira foram conduzidas à delegacia para prestar depoimento. O bebê permaneceu internado no João Paulo II sob observação médica. O caso continua sob investigação da Polícia Civil, que apura as circunstâncias e a motivação do ataque.
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