Casos de SRAG por Covid-19 e rinovírus crescem em diversas regiões do Brasil

O Brasil registra um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), impulsionado pelo rinovírus e pelo Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19. De acordo com o Boletim InfoGripe da Fiocruz, dez estados apresentam crescimento de incidência da doença, principalmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. Entre os estados em alerta estão Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e Tocantins.

Segundo o levantamento, o rinovírus tem sido o principal responsável por casos graves, afetando principalmente crianças e adolescentes, enquanto a Covid-19 contribui para o aumento da SRAG entre adultos e idosos. O boletim mostra que, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, 48,9% dos casos positivos foram de rinovírus e 15,5% de Sars-CoV-2, enquanto outros vírus respiratórios, como o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e influenza, também estiveram presentes.

A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, Tatiana Portella, reforça a importância da vacinação como medida de proteção contra formas graves da doença e óbitos. Ela destaca que idosos devem receber doses de reforço a cada seis meses, enquanto imunocomprometidos e outros grupos de risco precisam de reforço anual.

A região Sul do país é a única em que nenhum estado apresenta tendência de crescimento de SRAG. Apesar do aumento nos casos de Covid-19 em estados como Pará, Maranhão, Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, ainda não houve impacto significativo nas hospitalizações.

Em 2025, já foram notificados 172.498 casos de SRAG no Brasil, sendo 53,3% confirmados por exames laboratoriais. Entre os casos positivos, 24% são de influenza A, 1,1% de influenza B, 44,2% de VSR, 26,1% de rinovírus e 7,3% de Covid-19. O boletim também aponta que, em diversas capitais, como Boa Vista, Cuiabá, Florianópolis, João Pessoa, Salvador e São Luís, os níveis de SRAG permanecem em alerta, risco ou alto risco, embora sem tendência de crescimento a longo prazo.