A Prefeitura de Lagoa Santa, junto a outras cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, suspendeu o uso dos medidores de glicose da marca OK Pro distribuídos gratuitamente nas unidades de saúde. A decisão foi tomada após recomendação da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que publicou nota técnica orientando a interrupção imediata da utilização dos equipamentos.
Os aparelhos, fornecidos pelo governo estadual por meio de licitação, apresentaram falhas em testes realizados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), levantando preocupações sobre a segurança e eficácia do produto. Em Lagoa Santa, a orientação é para que os pacientes interrompam o uso dos glicosímetros e armazenem os materiais de forma segura, sem necessidade de devolução imediata. A medida, segundo a SES, é preventiva e visa evitar riscos à saúde da população, impedindo o uso, comercialização e distribuição dos dispositivos até que uma nova avaliação técnica seja concluída.
Além de Lagoa Santa, prefeituras como a de Belo Horizonte e Nova Lima também emitiram comunicados para alertar a população diabética. Os glicosímetros integram a Política de Assistência Farmacêutica e, junto a insulinas, seringas, agulhas e lancetas, são essenciais para o controle diário da glicemia de milhares de pacientes. As autoridades estão em contato com as unidades básicas de saúde para repassar as orientações aos usuários e aguardam a conclusão da investigação para definir os próximos passos, incluindo eventual substituição dos dispositivos comprometidos.
A empresa responsável pela fabricação dos aparelhos, OK Biotech Co, ainda não se pronunciou sobre o caso. Enquanto isso, municípios reforçam a importância do armazenamento adequado dos insumos suspensos e do acompanhamento médico contínuo dos pacientes afetados.
Mín. 11° Máx. 26°