O surgimento de uma doença de rápida evolução em São Francisco, no Norte de Minas Gerais, levou o Ministério da Saúde a recomendar a atualização imediata da vacinação entre grupos de risco, especialmente contra a Influenza A. A cidade, com pouco mais de 50 mil habitantes, tornou-se foco de atenção nacional após a morte fulminante de duas pessoas da mesma família e o registro de dezenas de outros casos com sintomas respiratórios e hemorrágicos. Embora uma das vítimas tenha testado positivo para influenza, as investigações continuam para determinar a causa exata das mortes e descartar outras possibilidades.
A infecção está sendo tratada como uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), mas os quadros clínicos atípicos — incluindo hemorragias — levantam suspeitas sobre possíveis agentes como os vírus da família dos arenavírus, hantavírus ou flavivírus, todos relacionados a febres hemorrágicas. Diante da incerteza diagnóstica, o Ministério da Saúde classificou os casos como Evento de Importância para a Saúde Pública (EISP) e determinou vigilância intensificada em parceria com as autoridades estaduais e municipais.
Além da mobilização de equipes técnicas e análises laboratoriais, medidas de contenção já foram adotadas: as casas das vítimas e seus arredores passaram por sanitização, o uso de máscaras foi instituído no hospital da cidade e uma van móvel de vacinação está percorrendo bairros entre os dias 16 e 18 de julho, com foco em crianças, idosos e gestantes.
Em nota oficial, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais informou que a causa do surto permanece sob investigação, apesar de uma das vítimas ter sido diagnosticada com influenza. Outras amostras seguem em análise. O Ministério da Saúde, por sua vez, reforça que a melhor forma de prevenção, neste momento, é garantir a cobertura vacinal contra os vírus respiratórios mais comuns nesta época do ano. A vacina contra a gripe está disponível gratuitamente pelo SUS em todo o Brasil, com mais de 67 milhões de doses já distribuídas.
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