Entidades garantem que preços do frango e do ovo não subirão após gripe aviária

Durante o evento Avicultor Mais 2025, realizado no Expominas, em Belo Horizonte, representantes de entidades nacionais e regionais do setor avícola descartaram qualquer risco iminente de aumento nos preços da carne de frango e dos ovos no mercado brasileiro, mesmo após os impactos do recente surto de gripe aviária. O encontro, que acontece nesta quarta (25) e quinta-feira (26), reúne cerca de 5 mil visitantes e mais de 120 marcas expositoras sob o tema “Práticas sustentáveis e responsabilidade social para transformar o futuro”.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, destacou que, embora o país tenha registrado uma queda de 12% nas exportações de frango no mês de maio, o volume negociado se manteve próximo da média histórica. Foram vendidas 393 mil toneladas, ligeiramente abaixo das 400 mil toneladas normalmente exportadas. Segundo ele, esse resultado demonstra a resiliência do setor diante das restrições impostas por alguns mercados após os casos de influenza aviária no país.

Santin reforçou que a exportação, ao contrário do que se pensa, não pressiona os preços para cima no mercado interno. Pelo contrário, ela contribui para a viabilidade econômica da produção em larga escala, reduzindo o custo por unidade e ajudando a manter a comida mais acessível para o consumidor brasileiro. Ele acrescentou que o dinheiro obtido com as vendas internacionais, em mais de 150 países, retorna em forma de investimento e competitividade para o setor nacional de proteínas.

O presidente da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), Antônio Carlos Vasconcelos Costa, endossou a avaliação e assegurou que o abastecimento interno está garantido. De acordo com ele, mesmo com uma provável retomada gradual das exportações, não há previsão de desabastecimento ou de aumento expressivo nos preços para os consumidores brasileiros.

A realização do evento em Minas Gerais reflete a importância do estado para a avicultura nacional e reforça o compromisso do setor com práticas sustentáveis, inovação e estabilidade no fornecimento de alimentos. Para as entidades, o foco agora está na ampliação dos mercados e no fortalecimento da cadeia produtiva, sem repassar ao consumidor os efeitos temporários de oscilações externas como a gripe aviária.