Governo não arcará com translado do corpo de brasileira morta em trilha na Indonésia

O governo federal não custeará o traslado do corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair de uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A informação foi confirmada pelo Itamaraty nesta quarta-feira (26), que justificou a decisão com base na legislação vigente e na ausência de dotação orçamentária específica para esse tipo de assistência consular.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o apoio do Estado brasileiro no exterior está previsto no Decreto nº 9.199/2017, que não inclui o pagamento de despesas com sepultamento ou transporte de corpos de brasileiros falecidos fora do país. Também não há previsão para arcar com internações, exceto em casos médicos específicos de emergência e de caráter humanitário.

Juliana caiu no último sábado (21) enquanto fazia trilha no Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok. Seu corpo foi encontrado após quatro dias de buscas realizadas por equipes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), com apoio de montanhistas voluntários. O resgate envolveu uma operação complexa, sem uso de helicópteros, devido ao mau tempo e à geografia acidentada da região.

A jovem era natural do Rio de Janeiro, morava em Niterói e havia viajado à Indonésia como turista. Formada em publicidade e praticante de esportes como o pole dance, Juliana foi dada como desaparecida após não retornar da trilha. A família confirmou a morte na terça-feira (25), e agora deve arcar com os custos de repatriação do corpo ao Brasil.