O número de hospitalizações provocadas pela influenza voltou a preocupar autoridades de saúde em Minas Gerais e em outros 12 estados brasileiros. De acordo com o mais recente Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os casos da doença respiratória apresentaram crescimento moderado a alto em diversas regiões, com destaque para o Norte, Centro-Sul e o estado do Ceará. Jovens e idosos figuram entre os grupos populacionais mais atingidos pela atual escalada de internações.
A pesquisadora Tatiana Portella, integrante do Programa de Computação Científica da Fiocruz, reforça a necessidade de adoção de medidas preventivas para conter a disseminação do vírus, especialmente em ambientes fechados e com aglomeração. Ela recomenda o uso de máscaras, o isolamento em casos de sintomas gripais e a vacinação contra a Influenza A para as pessoas aptas. Segundo ela, "é fundamental que a população se proteja, evite locais fechados quando possível e, principalmente, mantenha a vacinação em dia."
O boletim também aponta um aumento expressivo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de até dois anos, especialmente na região Centro-Oeste. Esses casos estão majoritariamente associados ao vírus sincicial respiratório. Apesar do avanço preocupante, os dados mais recentes já mostram sinais de desaceleração do crescimento entre as crianças nessa faixa etária naquela região.
Mesmo com a baixa incidência de SRAG causada pela Covid-19 atualmente, o vírus ainda lidera o número de mortes entre os idosos, seguido pela influenza A, evidenciando que o cenário ainda exige atenção contínua da população e dos sistemas de saúde.
O levantamento mostra ainda que 13 estados e 14 capitais apresentam níveis de alerta, risco ou alto risco de incidência de SRAG, com tendência de crescimento. Entre as capitais afetadas estão Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e Salvador. Diante desse panorama, a Fiocruz reforça a importância do monitoramento constante e da adoção de medidas de prevenção para reduzir a pressão sobre os hospitais e proteger os grupos mais vulneráveis.
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