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Vacinas modernas podem ser a chave para prevenir pandemias futuras; segundo pesquisa

Pesquisas em mRNA apontam para o desenvolvimento de uma vacina universal contra a influenza, enquanto mutações do vírus da gripe aviária alarmam especialistas

11/04/2025 às 11h00
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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As preocupações com a possibilidade de uma pandemia causada pela gripe aviária ganham novo impulso diante dos avanços na pesquisa de vacinas mais modernas. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, alerta que, para evitar que mutações no vírus da gripe aviária se transformem em uma ameaça global, é fundamental acelerar o desenvolvimento de vacinas mais eficazes, destacando a esperança depositada na vacina universal baseada em RNA mensageiro. Essa imunizante inovadora, que reúne o sequenciamento genético de todos os subtipos de influenza A e B, já apresentou resultados promissores em testes com furões e ratos. Inicialmente avaliados por antígeno, os ensaios demonstraram uma resposta imune robusta, e quando os 20 antígenos foram administrados simultaneamente, os animais desenvolveram anticorpos contra todas as cepas por pelo menos quatro meses após a vacinação.

Além dessa proposta universal, vacinas específicas contra o vírus da gripe aviária já foram produzidas, com estoques de emergência disponíveis em cerca de 20 países. No Brasil, o Instituto Butantan, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), avança na formulação de um imunizante que está em fase de testes em animais e que, em breve, deverá receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os ensaios clínicos em humanos. Mônica Levi enfatiza a importância de o país desenvolver uma vacina própria, reduzindo a dependência da tecnologia estrangeira em uma eventual crise.

As mutações do vírus da gripe aviária preocupam por sua capacidade de adaptação, tendo sido identificadas infecções em mais de 350 espécies diferentes, inclusive mamíferos como gatos domésticos, relatados na Polônia. Segundo a especialista, a alta letalidade dessa cepa – que, de 2003 até março deste ano, causou 969 infecções humanas com 457 mortes, segundo dados da Organização Mundial da Saúde – evidencia o risco iminente. Embora a proporção de mortes tenha caído nos últimos anos, com apenas dois óbitos entre 72 casos recentes nas Américas, o potencial de uma nova mutação que amplie a aderência do vírus à célula do hospedeiro humano ainda é uma ameaça que paira sobre a saúde global.

O cenário internacional não apenas destaca os desafios impostos pelas mutações do vírus, mas também reforça a urgência de fortalecer as defesas imunológicas por meio de novas tecnologias vacinais. A adoção dos modernos imunizantes de RNA mensageiro pode ser decisiva para neutralizar uma cepa que, caso adquira uma mutação adicional, passaria a ser transmitida de pessoa para pessoa e desencadearia uma pandemia.

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