A Prefeitura de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, começou nesta segunda-feira (31) a pagar o restante dos repasses necessários para manter aberto o Hospital São João de Deus, a única unidade de saúde de alta complexidade do município. O hospital esteve à beira do fechamento neste mês devido à falta de repasses financeiros.
O montante de quase R$ 4 milhões será pago em seis parcelas pela administração municipal. A primeira, no valor de pouco mais de R$ 1 milhão, foi realizada via Pix nesta segunda-feira, e a próxima está prevista para daqui a 15 dias. A expectativa é que a dívida seja integralmente quitada até julho.
O prefeito Paulo Bigodinho (Avante) afirmou que a medida é essencial para evitar o colapso da saúde no município. "O que falta da dívida ainda é um valor de aproximadamente R$ 3,6 milhões. Hoje, estamos efetuando a primeira parcela. Depois, temos mais cinco pagamentos variando entre R$ 500 mil e R$ 600 mil. Pagando esse acordo, começamos a planejar o futuro. Estamos organizando a casa, dando prioridade para os serviços essenciais, e a saúde é um deles. Tenho certeza de que, em breve, viveremos dias muito melhores", declarou.
Bigodinho ressaltou que o hospital é uma entidade filantrópica e não pertence à prefeitura, mas que o município compra seus serviços. Segundo ele, a prefeitura está quitando os débitos referentes ao ano passado, enquanto os pagamentos de 2024 estão em dia.
Mesmo com os repasses programados, o Hospital São João de Deus precisará de tempo para retomar sua capacidade total de atendimento. De acordo com o diretor da unidade, Frederico Orzil, a previsão é de que a normalização ocorra em um prazo de três a quatro meses.
"Graças a Deus, depois de toda essa batalha, conseguimos chegar a um denominador comum. Com o pagamento desses atrasados, vamos conseguir reorganizar a casa e definir os próximos passos do Hospital São João de Deus. Inicialmente, os atendimentos não voltarão na totalidade, pois nossa equipe foi desmobilizada e ainda temos dívidas com fornecedores. No entanto, o atendimento será retomado gradativamente, e acredito que, dentro de três a quatro meses, estaremos operando plenamente", explicou.
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