Os danos pelo forte temporal que atingiram Belo Horizonte na quarta-feira (29) expuseram sérios problemas de infraestrutura na Cidade Administrativa, sede do governo de Minas Gerais. Em meio a ventos fortes, os servidores tiveram que recorrer a improvisos para evitar maiores danos. Em um dos andares do prédio Minas, funcionários receberam fitas adesivas para prender uma janela que estava sendo puxada pelo vento, temendo que ela fosse arrancada e levada pela tempestade.
O incidente gerou desconforto entre os funcionários, que, segundo relatos, têm dificuldades para acessar o sistema de manutenção da Cidade Administrativa. Mesmo com acesso ao sistema, eles não conseguem abrir chamados para solicitar reparos necessários. A situação evidencia o descontentamento com a precariedade das instalações e a falta de suporte eficaz.
Em meio à repercussão, o vice-governador de Minas Gerais, professor Mateus (Novo), fez duras críticas à construção do complexo, que foi inaugurado há 15 anos durante o governo de Aécio Neves. Ele classificou a obra como mal realizada, apontando que a Cidade Administrativa foi erguida em uma área com sérios problemas estruturais, como alagamentos recorrentes no subsolo e falhas em elevadores. "Os governos do passado resolveram construir em cima de um brejo. Ótimo lugar para se construir uma edificação. Temos vários problemas construtivos e já temos investigações sobre isso", afirmou o vice-governador, que ainda irônicamente parabenizou os responsáveis pela obra, afirmando que o governo tem prejuízos anuais com os constantes reparos.
Por meio de uma nota oficial, o PSDB, partido de Aécio Neves, também se manifestou, ressaltando que a responsabilidade pela manutenção dos prédios públicos, como a Cidade Administrativa, recai sobre as autoridades competentes, e não sobre os governantes passados. O governo do Estado, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre os improvisos feitos pelos servidores nem sobre os problemas estruturais planejados.
Foto: Reprodução/Redes sociais
Mín. 19° Máx. 21°