Butantan inicia produção de vacina contra a dengue

O Instituto Butantan anunciou o início da produção de sua vacina contra a dengue, denominada Butantan-DV. De acordo com informações da instituição, a meta é fabricar 1 milhão de doses até 2025, com a ambição de alcançar 100 milhões nos três anos seguintes.

Essa iniciativa acontece aproximadamente um mês após o Butantan ter enviado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a documentação final necessária para o pedido de registro do imunizante. A avaliação por parte da Anvisa ainda está em andamento, e até o presente momento, a Butantan-DV não possui autorização para ser distribuída ou aplicada.

A Anvisa informou que a análise dos pacotes de processos de submissão contínua, que é o formato utilizado para a apresentação da documentação, normalmente leva em torno de 90 dias. Sendo assim, considerando que os dados foram enviados em 16 de dezembro, a expectativa é que o parecer final seja divulgado até meados de março.

Caso a vacina receba a aprovação, ela se tornará a primeira do mundo em dose única para a dengue. "É um dos maiores avanços da saúde e da ciência na história do País e uma enorme conquista em nível internacional", declarou Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, no momento do envio dos documentos à agência. "Vamos aguardar e respeitar todos os procedimentos da Anvisa, um órgão de altíssima competência. Mas estamos confiantes nos resultados que virão", complementou Kallás naquela ocasião. É importante ressaltar que a Butantan-DV não estará imediatamente disponível para a população brasileira após a aprovação do registro. Se aprovada, a Anvisa deverá solicitar autorização de preço à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Após essa etapa, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) analisará a possível inclusão da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS). Se o parecer for favorável, os trâmites para a distribuição pelo Ministério da Saúde poderão ser iniciados, embora a pasta já tenha indicado que não há previsão para uma vacinação em massa neste ano.

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