O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (5) um investimento de mais de R$ 1,5 bilhão para combater o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, com o objetivo de evitar que os números alarmantes de 2023 se repitam no ano que vem. Em 2023, o Brasil registrou cerca de 6,5 milhões de casos da doença e 5.720 mortes, com Minas Gerais sendo o estado mais afetado, com 1,6 milhão de casos e 998 óbitos. O aumento significativo de casos levou o Ministério a redobrar esforços, destinando recursos para ações de controle, vigilância, prevenção e assistência, com foco na redução dos impactos da doença em 2025.
O valor anunciado representa um aumento de 50% no investimento em comparação ao ano anterior, com recursos destinados a estados, municípios e o Distrito Federal. O ministério aposta em novas tecnologias para ajudar no controle da prevenção do Aedes aegypti, incluindo o método Wolbachia, que utiliza uma bactéria presente em muitos insetos para reduzir a população do mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. O método, já implantado em cidades como Niterói (RJ), Belo Horizonte (MG), e Rio de Janeiro (RJ), será expandido para novas localidades em 2025, buscando conter a transmissão das doenças.
Além disso, o ministério prevê o aumento de estações de transmissão de larvicidas, inseticidas e biolarvicidas, além do uso de mosquitos ésteres para impedir a reprodução do mosquito transmissor. A vacinação contra a dengue também segue como uma das principais formas de prevenção, com a continuidade da aplicação de doses para adolescentes entre 10 e 14 anos. Até o momento, mais de 1.900 municípios receberam a vacina, com 6,5 milhões de doses distribuídas, beneficiando 3,2 milhões de crianças e adolescentes. Para 2025, outras 9,5 milhões de doses já estão previstas.
A mobilização da sociedade também é considerada essencial para o sucesso do combate à dengue. O Ministério da Saúde lançou uma campanha nacional de conscientização, incentivando a população a dedicar apenas 10 minutos por semana para verificar e eliminar possíveis focos de mosquito dentro de suas casas. O uso de repelentes e a instalação de telas mosquiteiras em portas e janelas também são medidas recomendadas para reduzir o risco de infecção.
Com essas ações, o Ministério da Saúde espera enfrentar uma epidemia de dengue com mais eficácia, protegendo a população e reduzindo o número de casos graves em 2025.
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