Uma fiscalização promovida pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) encontrou uma série de irregularidades em hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de 12 cidades mineiras nesta terça-feira (5), incluindo remédios vencidos em mais de metade das unidades. A operação teve como foco avaliar a qualidade e as condições da prestação de serviços de saúde em várias regiões do estado, abrangendo unidades de saúde em municípios como Belo Horizonte, Almenara, Mantena e Contagem.
Entre as falhas identificadas, a equipe de auditoria encontrou remédios vencidas, caixas d'água com sujeira acumulada, extintores de incêndio fora do prazo de validade e instalações sanitárias em estado de descuido. Em Belo Horizonte, por exemplo, as unidades fiscalizadas nas regiões Centro-Sul e Leste apresentaram problemas graves, incluindo a falta de manutenção nos banheiros e extintores vencidos, além de casos de pacientes aguardando atendimento nos corredores. Em Mantena, no Vale do Rio Doce, além de medicamentos fora da validade, o hospital funcionava com acessibilidade inconveniente, com banheiros sem corrimão nas rampas de acesso, além de falta de controle de ponto e de frequência dos médicos, dos quais metade só compararia ao plantão quando solicitado.
Outras cidades também apresentaram falhas semelhantes, destacando um padrão de negligência que atinge diferentes pontos do sistema de saúde pública no estado.
De acordo com o TCE-MG, a seleção das unidades fiscalizadas teve dois critérios principais: a proporção de óbitos em relação às internações e a quantidade de médicos disponíveis frente ao número de atendimentos realizados. A equipe de fiscalização ainda ressaltou que os resultados desta operação serão analisados para futuras orientações. Em um segundo momento, o Tribunal de Contas avaliará as medidas adotadas para corrigir as falhas observadas, podendo dar início a processos formais em casos que sejam considerados mais graves.
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