A fabricante do medicamento Ozempic, a Novo Nordisk, reconheceu a ocorrência de casos de falsificação no Brasil, especificamente em Brasília e no Rio de Janeiro, provocando preocupação entre usuários e profissionais da saúde. O Ozempic, indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, ganhou notoriedade por sua utilização na perda de peso, o que aumentou sua demanda e, consequentemente, a probabilidade de irregularidades.
Recentemente, uma economista de 46 anos foi internada no Hospital Copa D'Or, no Rio, com um quadro grave de hipoglicemia, que, segundo ela, foi causado pelo uso de Ozempic falsificado. A paciente havia adquirido o medicamento em uma farmácia na zona sul da cidade e relatou à polícia que, após a aplicação de uma das seringas da última caixa, começou a sentir-se desorientada e tonta, apresentando lábios roxos e frio. Esse foi seu primeiro episódio de tais sintomas, já que utilizava o medicamento sob supervisão médica há um ano.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um inquérito e enviou o produto suspeito para perícia. A Novo Nordisk, em nota, confirmou a gravidade da situação e informou que há indícios de que canetas de insulina Fiasp e FlexTouch foram reutilizadas com rótulos de Ozempic, possivelmente retirados de canetas originais. A empresa declarou estar colaborando com as autoridades para investigar os fatos e garantir a segurança dos consumidores.
Em janeiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia emitido um alerta sobre o aumento da falsificação dos medicamentos Ozempic e Wegovy, ambos fabricados pela Novo Nordisk. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reconheceu três lotes falsificados, aumentando a urgência da questão e o apelo à conscientização dos consumidores sobre a segurança na compra de medicamentos.
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