Um dos quatro pacientes infectados pelo superfungo Candida auris em Belo Horizonte faleceu na última quarta-feira (16). A morte foi confirmada nesta quinta-feira (17) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). No entanto, as autoridades de saúde esclareceram que o óbito não está relacionado com a infecção pelo fungo, mas sim com o estado crítico do paciente, que estava internado após sofrer um grave acidente de moto.
De acordo com a SES e a Fhemig, o paciente estava em condições delicadas e sua morte não foi provocada pela infecção de Candida auris, um fungo resistente a medicamentos e de difícil controle, que preocupa autoridades sanitárias no mundo todo. A vítima fazia parte do grupo de pacientes diagnosticados no Hospital João XXIII, onde todos os quatro casos da infecção foram registrados.
A SES informou que, dos pacientes infectados, dois já tiveram alta — um em 20 de setembro e outro em 2 de outubro. Um terceiro paciente permanece internado. As amostras que confirmaram os casos foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) da Fundação Ezequiel Dias (Funed), enquanto a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte segue acompanhando a situação.
Até o momento, 39 casos suspeitos foram testados para o superfungo em Minas Gerais. Desses, quatro foram confirmados e 24 ainda aguardam os resultados dos exames. Além dos pacientes já liberados, nove tiveram os testes negativados e receberam alta, enquanto dois seguem internados, mas com diagnóstico negativo para o fungo.
Desde 2021, quando o primeiro caso de Candida auris foi confirmado no Brasil, a SES-MG monitora de perto os possíveis novos casos no estado. Até agora, 129 casos foram descartados. O superfungo é uma preocupação global, especialmente em hospitais, por sua resistência a tratamentos convencionais e sua capacidade de se espalhar em ambientes hospitalares.
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