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Belo Horizonte confirma dois novos casos de superfungo Candida auris; 24 são investigados

Notificações em apuração envolvimento de contatos de pacientes infectados; Hospital João XXIII reforça protocolos de segurança sanitária

15/10/2024 às 10h00
Por: Redação
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) confirmou nesta segunda-feira, 14 de outubro, dois novos casos de infecção pelo superfungo Candida auris, elevando para três o número total de pacientes infectados na cidade. Além disso, outros 24 casos estão sendo investigados pelas autoridades de saúde. As notificações em análise referem-se a pessoas que tiveram contato direto com os pacientes já divulgados, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).

O surto está sendo monitorado pelo hospital João XXIII, administrado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), com o apoio da SMSA e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância Sanitária (Cievs). O primeiro caso de Candida auris em Belo Horizonte foi confirmado no dia 28 de setembro, envolvendo um paciente que havia sido internado no João XXIII. Esse paciente já recebeu alta, mas o hospital continua tomando medidas rigorosas de controle para evitar a propagação do fungo.

Desde a primeira confirmação, o João XXIII intensificou os protocolos de segurança, adotando procedimentos como higienização das mãos, uso de luvas e aventais para os casos suspeitos, e realização de testes em outros pacientes. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) reforçou a importância da prevenção devido à alta transmissibilidade do fungo e sua capacidade de colonizar rapidamente tanto o paciente quanto o ambiente ao redor.

O que é Candida auris ?

O Candida auris é um fungo emergente, identificado pela primeira vez em 2009 no Japão, que apresenta resistência a medicamentos comumente usados ​​no tratamento de infecção por Candida. No Brasil, o primeiro caso foi registrado em Salvador, em 2020. Estima-se que até 90% dos isolados do fungo sejam resistentes a antifúngicos como o fluconazol, anfotericina B e equinocandinas, o que torna o tratamento mais difícil.

Se o fungo atingir a corrente sanguínea, pode causar candidíase invasiva, uma infecção grave que pode afetar outros órgãos e resultar em uma infecção generalizada. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de mortalidade da candidíase invasiva varia entre 29% e 53%, sendo mais letal em pacientes imunocomprometidos ou com comorbidades. Diante desse cenário, os hospitais devem intensificar as medidas de prevenção e controle para evitar novos surtos.

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