As bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba, responsáveis pelo abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, enfrentam uma crise ambiental alarmante. A poluição, resultante das atividades urbanas, industriais e do agronegócio, tem levado a níveis preocupantes de contaminação nas águas, colocando em risco o fornecimento de água para milhões de habitantes.
Em 2024, a situação do Rio das Velhas se tornou especialmente crítica, com os trechos em Lagoa Santa apresentando altos índices de poluição. O Ribeirão da Mata, localizado em Pedro Leopoldo, teve 33,3% de suas amostras de água que violaram os parâmetros de qualidade, enquanto em Vespasiano, próximo à MG-010, essa cifra alcançou 36,6%. Essas áreas são marcadas por um fundo de rios coberto por lodo escuro, acúmulo de lixo nas margens e peixes mortos nas águas, evidenciando a gravidade da poluição.
A Bacia do Rio Paraopeba também não escapa da degradação, com o Rio Brumado, em Entre Rios de Minas, e o Córrego Pintado, em Ibirité, apresentando 23,6% de amostras que excedem os limites legais de poluentes.
Essa crise ambiental destaca a urgência de ações efetivas para o controle e a recuperação das bacias hidrográficas, não apenas para garantir a qualidade da água, mas também para preservar a saúde e o bem-estar da população que depende desses recursos hídricos. O desafio é grande, mas a mobilização de governos, indústrias e sociedade civil se torna fundamental para reverter esse cenário preocupante.
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