A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade, nesta semana, uma instrução normativa que prevê a atualização periódica da composição das vacinas contra a Covid-19. O objetivo é evitar o aumento da circulação de novas variantes do vírus SARS-CoV-2 e garantir que as vacinas continuem eficazes na proteção da população.
De acordo com a relatora da proposta, a diretora Meiruze Sousa Freitas, a constante evolução do coronavírus exige respostas ágeis por parte das autoridades de saúde. "O aprendizado que tivemos com a pandemia trouxe à tona a necessidade de respostas regulatórias mais rápidas. Para reduzir os danos, é essencial eliminarmos as lacunas regulatórias e ajustá-las em tempo real às crises sanitárias", afirmou.
A normativa inclui a resolução da diretoria colegiada e estabelece critérios claros e eficientes para a atualização das vacinas no Brasil, sempre em alinhamento com diretrizes internacionais e considerando o cenário epidemiológico em constante transformação. Essa proposta visa garantir que as vacinas continuem a proteger contra as novas mutações do vírus, que podem tornar-se predominantes.
A diretora destacou a importância da revisão contínua das vacinas e da necessidade de ajustes rápidos para evitar novos surtos e controlar a mortalidade associada ao vírus. "A urgência em ajustar o marco regulatório para facilitar e acelerar esse processo não deve comprometer a qualidade, a segurança e a eficácia das vacinas", acrescentou Meiruze.
O monitoramento constante da pandemia, tanto no Brasil quanto no exterior, mostra que a Covid-19 não segue um padrão sazonal rígido. Segundo a diretora, as ondas de contágio são influenciadas principalmente pelo comportamento populacional, o que reforça a necessidade de garantir o acesso às vacinas atualizadas.
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