Um bicho-preguiça carbonizado foi encontrado por bombeiros no sábado (14), após um incêndio que devastou parte da Reserva Biológica do Tinguá, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. O incêndio, que durou dois dias, destruiu cerca de 2 hectares de vegetação nativa, afetando um importante refúgio de biodiversidade. O resgate do animal foi realizado por brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que lamentaram a perda como um triste reflexo dos danos causados por incêndios florestais.
A Reserva Biológica do Tinguá abrange as cidades de Petrópolis, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Miguel Pereira. Segundo o ICMBio, o incêndio foi resultado de uma ação criminosa, embora o autor ainda não tenha sido identificado. A operação de combate às chamas foi realizada em conjunto por agentes do ICMBio e da Guarda-Parques do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
O estado do Rio de Janeiro tem enfrentado um aumento alarmante de incêndios florestais, impulsionados pelo tempo seco e pela baixa umidade. Segundo o Corpo de Bombeiros, 17 ocorrências de incêndio ainda estão sendo combatidas em todo o estado. Apenas a Área de Proteção Ambiental de Petrópolis e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos seguem com incêndios ativos, enquanto 1.245 dos 1.264 focos registrados nos últimos três dias já foram extintos.
O governo estadual, em resposta à crise ambiental, criou um gabinete de gestão para monitorar e combater os incêndios em áreas de mata e reservas. A Reserva Biológica do Tinguá, uma área de importância ecológica vital, tem sido particularmente afetada, com a fauna e a flora locais sofrendo danos devastadores. A bicho-preguiça encontrada morta é apenas um exemplo de perda irreparável causada pelo fogo.
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