Após a prisão de seu fundador, Pavel Durov, no fim de agosto, o Telegram discretamente alterou sua política de privacidade e passou a permitir que os usuários denunciem conteúdos ilegais nas conversas. Durov foi detido na França sob a acusação de facilitar o uso do aplicativo para atividades criminosas, como a disseminação de pornografia infantil e o tráfico de drogas.
Em resposta às acusações, a plataforma de mensagens, que anteriormente afirmava não processar solicitações relacionadas a chats privados ou em grupo, agora oferece aos usuários a opção de reportar mensagens suspeitas, tanto em grupos quanto em conversas privadas. A mudança, ocorrida em 5 de setembro, foi noticiada pelo site The Verge.
Segundo a porta-voz do Telegram, Remi Vaughn, as conversas privadas continuam seguras, e o código-fonte da plataforma não foi alterado, garantindo a transparência para que os usuários possam verificar essas mudanças.
Durov, que ficou preso por quatro dias, fez sua primeira declaração pública após o incidente, reconhecendo que o rápido crescimento da base de usuários, que agora atinge 950 milhões, facilitou o uso indevido da plataforma por criminosos. Ele garantiu que a empresa está intensificando os esforços de moderação e prometeu mais detalhes sobre as mudanças em breve.
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