Belo Horizonte enfrenta uma situação crítica devido à persistência da névoa seca, resultado de dias de estiagem e queimadas que têm afetado a qualidade do ar. A cidade está sob "alerta vermelho", com níveis de umidade do ar abaixo de 12%, muito abaixo dos 60% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Este cenário extremo tem causado uma deterioração significativa na qualidade do ar, comparável às condições do deserto do Saara.
Diante desse cenário, o uso de máscaras tem sido recomendado por especialistas para mitigar os efeitos da fumaça. O diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, Dr. Estevão Urbano, afirma que a utilização de máscaras pode reduzir a inalação de partículas tóxicas presentes no ar. “Em locais com muita fumaça, a máscara pode ajudar a reduzir a aspiração de partículas de fumaça e poeira”, explica Dr. Urbano, que também integrou o Comitê de Combate à Covid-19 em Belo Horizonte.
A exposição à fumaça pode causar lesões na mucosa das narinas, olhos e boca, além de levar a sangramentos, alergias e até infecções respiratórias. O infectologista destaca que os grupos mais vulneráveis são crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares preexistentes, que devem tomar cuidados adicionais.
Além do uso de máscaras, o médico recomenda a umidificação do ambiente doméstico para aliviar os efeitos do ar seco. Outras medidas incluem manter a hidratação adequada, evitar roupas pesadas e limitar atividades físicas intensas ao ar livre durante os horários mais quentes do dia. Essas práticas são essenciais para proteger a saúde e minimizar os impactos negativos da atual crise de qualidade do ar em Belo Horizonte.
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