A Starlink, empresa de internet por satélite pertencente ao bilionário Elon Musk, anunciou nesta terça-feira (3/9) que bloqueará o acesso ao X (antigo Twitter) no Brasil. A decisão ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Alexandre de Moraes, congelar cerca de R$ 2 milhões em ativos da Starlink, devido à dívida de mais de R$ 18 milhões acumulada pelo X por descumprir ordens judiciais.
Inicialmente, a Starlink havia declarado que não bloquearia o X, permitindo que seus usuários continuassem acessando a rede social apesar da ordem judicial. No entanto, a empresa recuou, afirmando em comunicado no próprio X que, mesmo considerando o bloqueio de seus ativos como um tratamento "ilegal", cumprirá a determinação do STF.
A decisão veio após o esgotamento do prazo de cinco dias para a Starlink recorrer do bloqueio de suas contas, prazo que se encerrou na segunda-feira (2/9). Alexandre de Moraes entendeu que a Starlink, por fazer parte do grupo econômico de Musk, poderia ter seus bens congelados para garantir o pagamento das multas aplicadas ao X.
Essa medida é parte de uma sequência de confrontos entre a Justiça brasileira e o conglomerado de Musk, que recentemente fechou a representação do X no Brasil e demitiu todos os funcionários no país. A situação se agravou quando o STF determinou a suspensão completa do X em todo o território nacional até que todas as ordens judiciais sejam cumpridas, um movimento que levou à decisão da Starlink de bloquear o acesso à rede social no Brasil.
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