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Dia dos Povos Indígenas: Secretaria de Educação promove reflexão e valorização da diversidade cultural

Documentos enviados às escolas reforça o significado do dia 19 de abril, para promover o respeito e a valorização da diversidade étnica e cultural

19/04/2024 às 17h41
Por: Redação Fonte: Secom Minas Gerais
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SEE / Divulgação
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Neste dia 19/4, é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, um momento emblemático para reconhecer e honrar a riqueza cultural e a importância histórica dos povos originários do Brasil. Nesse contexto, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) destaca a relevância desta data como um convite à reflexão profunda sobre as lutas, os desafios e as conquistas dos povos indígenas na atualidade.

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A diretora de Modalidades de Ensino e Temáticas Especiais, Fabiana Benchetrit, ressalta que o Dia dos Povos Indígenas é um momento de reflexão e celebração, marcado pelo reconhecimento da importância dos povos indígenas na construção da nossa história e na promoção de um país mais justo e igualitário.

"Para nós, profissionais da educação, essa data representa um momento de profunda reflexão. Enviamos um memorando às escolas, abordando a importância desta data e instigando a reflexão. Além disso, estamos planejando enviar um documento mais detalhado, solicitando que as escolas promovam a reflexão e a discussão sobre a contribuição dos povos indígenas para a cultura do nosso estado", comenta Fabiana.

O diretor da Escola Estadual Indígena Pataxó Muã Mimatxi, Siwê Pataxoop, que fica localizada na Aldeia Indígena Muã Mimatxi Pataxó, em Itapecerica, destaca a importância do Dia dos Povos Indígenas como uma data marcante, representando a lembrança das lutas e conquistas dos povos indígenas em seu território.

“É um momento de reflexão sobre nosso passado e o futuro das gerações futuras. Essa data é crucial para garantir que a sociedade não esqueça da diversidade e importância dos povos indígenas para a manutenção da cultura e diversidade do país. Além disso, ressalta a relevância da educação escolar indígena, que tem sido fundamental para reconhecer e garantir os direitos dos povos indígenas, após momentos históricos de discriminação e falta de reconhecimento”, comenta. 

Siwê ainda reforça a importância da Educação Indígena. “A educação intercultural indígena busca formar os jovens, fortalecendo seus vínculos com a cultura indígena, ao mesmo tempo em que os prepara para compreender e interagir com o mundo exterior, mantendo viva a identidade e a história indígena”, conclui.

Para Txioiamimá Pataxoop, de 17 anos, que cursa o 3º ano do ensino médio, estudar dentro da própria comunidade é fundamental para fortalecer suas raízes.

“Desde que nasci, estudo aqui, sempre atendendo tanto aos conhecimentos gerais como matemática e português, mas também aprendi muitas coisas que fazem parte da minha cultura e do meu povo. Isso também é uma forma de fortalecer nosso pensamento, nossa cultura, nossa forma de pensar e nossos conhecimentos”, comenta.

Atividades nas escolas 

As escolas desempenham um papel essencial para promover o respeito, a valorização e o reconhecimento das culturas, tradições e contribuições dos povos indígenas. A SEE/MG orienta as escolas a desenvolverem práticas pedagógicas e reflexões que fomentem o Dia dos Povos Indígenas, integrando discussões interdisciplinares e atividades ao longo do ano letivo. Além disso, é importante lembrar que a cultura indígena deve ser um tema transversal no currículo escolar, conforme estabelecido pela Lei nº 11.645/2008.

Educação Indígena em Minas Gerais

A SEE/MG assegura atendimento específico para as comunidades indígenas, considerando os aspectos socioculturais de cada povo, garantindo uma matriz curricular específica para cada território, respeitando assim as tradições e o uso da língua materna de cada etnia. Atualmente, são 32 escolas, sendo que oito estão vinculadas como anexo de escolas sede não indígenas, que atendem cerca de 5 mil estudantes nos territórios indígenas. 

Essas unidades estão distribuídas em 17 municípios, atendendo estudantes de 12 etnias diferentes. São elas: Kamakã, Kaxixó, Kiriri, Krenak, Maxakalis, Mokuriñ, Pankararu, Pataxó, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Tuxá, Xakriabá e Xucuru-Kariri.

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