O número de crianças e adolescentes envolvidos em atividades laborais precoces está em ascensão na capital mineira, Belo Horizonte, revelam dados alarmantes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais (SRT-MG). De acordo com as estatísticas recentes, o trabalho infantil na cidade cresceu exponencialmente, afetando quase 12 mil jovens.
O levantamento aponta que, em 2022, o número de meninos e meninas com idades entre 5 e 17 anos inseridos no mercado de trabalho atingiu a marca de 11.947, representando um aumento de 35% em relação ao ano de 2019. Essa estatística preocupante reflete uma realidade desafiadora que demanda medidas urgentes por parte das autoridades locais.
Na última segunda-feira (15), representantes das prefeituras da Região Metropolitana de Belo Horizonte se reuniram para discutir e debater os dados alarmantes apresentados pelo IBGE e pela SRT-MG. O encontro teve como objetivo principal encontrar soluções e estratégias para combater o trabalho infantil na região.
Carlos Calazans, superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, destacou a diversidade de situações em que as crianças são encontradas trabalhando na capital. "Em Belo Horizonte, há crianças trabalhando em sinais de trânsito, trabalhando com a mãe e com o pai, fazendo todo tipo de trabalho: lavando carro, vendendo bala, trabalhando em fundições", afirmou Calazans.
Diante desse cenário alarmante, a SRT-MG propõe a criação de um pacto entre as cidades da Grande BH, visando o desenvolvimento de ações coordenadas e eficazes para enfrentar o problema do trabalho infantil.
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