Professores das instituições federais de ensino em Minas Gerais entram em greve a partir desta segunda-feira, 15 de abril.
Os servidores técnico-administrativos já estão paralisados desde o mês passado, em março.
A motivação da greve é um movimento nacional contra a proposta do governo federal de conceder recomposição zero este ano e 9%, divididos em duas parcelas a serem pagas em 2025 e 2026.
A partir da segunda devem paralisar suas atividades o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS), o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) também deflagrou greve, mas para maio, pois o calendário letivo da instituição é diferente dos demais. A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) decretaram estado de greve e podem aderir a qualquer momento.
Em instância nacional, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), três universidades já estão com as aulas suspensas, e outras 18 paralisam suas atividades a partir desta segunda, totalizando 21 instituições de ensino superior em greve.
Os professores reivindicam recomposição salarial de 7,06% já em 2024 e outras duas parcelas com o mesmo índice nos dois anos seguintes. Já os servidores administrativos pedem três parcelas iguais de 10,34%, em 2024, 2025 e 2026. De acordo com as entidades de classe que representam os trabalhadores, esses valores correspondem às perdas salariais das categorias desde 2016.
Em sua contraproposta, o governo manteve os reajuste zero em 2024 e os índices para os anos seguintes, mas propôs um aumento nos auxílios alimentação, saúde e creche.
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