
O Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e outros 16 terminais administrados pela Motiva — antiga CCR Aeroportos — foram vendidos para a companhia mexicana Aeroportuario del Sureste (Asur), controladora do Aeroporto de Cancún. A transação, anunciada nesta terça-feira (18), foi avaliada em R$ 5 bilhões e inclui a transferência integral das operações da empresa no Brasil.
O negócio confirma uma movimentação estratégica já esperada pelo mercado desde o início de novembro, quando a Motiva informou que negociava sua saída do setor aeroportuário para concentrar investimentos em concessões rodoviárias e de trilhos. Em comunicado, a empresa afirmou que a venda está alinhada ao plano de simplificação de portfólio e busca de maior rentabilidade.
Além dos terminais brasileiros — como Confins, Pampulha, Curitiba, Goiânia, Foz do Iguaçu e São Luís — a negociação envolve operações da Motiva em Quito (Equador), San José (Costa Rica) e Curaçao. A Asur venceu a disputa contra outras operadoras internacionais e também deverá assumir uma dívida estimada em R$ 6,5 bilhões.
A conclusão da venda ainda depende de aprovações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), além de órgãos reguladores e concorrenciais no exterior. Somente após a validação das autoridades a transferência de controle será efetivada.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que a entrada da Asur no mercado brasileiro reforça a confiança no crescimento do setor e pode ampliar a conexão aérea entre Brasil e México. Ele destacou que a operação é considerada a maior negociação aeroportuária em andamento no mundo.
A Asur, que opera aeroportos no México, Porto Rico e Colômbia, movimentou 71 milhões de passageiros em 2024. Já a Motiva opera atualmente terminais que juntos recebem cerca de 45 milhões de passageiros por ano. A expectativa é que, após as aprovações regulatórias, a gestão dos aeroportos passe oficialmente para o grupo mexicano.
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