O casal Milton Custódio Gonzaga, de 66 anos, e Maria das Graças Gonzaga, de 64, que morreu afogado na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, foi encontrado abraçado nas águas do local, em uma cena que emocionou equipes de resgate e moradores da região. A tragédia aconteceu na manhã desta terça-feira (21), próximo ao bairro Bandeirantes.
Segundo informações de funcionários do Parque Ecológico da Pampulha, o casal, morador do bairro Nacional, em Contagem, costumava caminhar pelo entorno da lagoa havia poucos dias. O passeio, que havia se tornado um momento de lazer e tranquilidade, terminou de forma trágica quando Maria das Graças teria escorregado e caído na água. Ao perceber o acidente, Milton pulou na lagoa para tentar salvá-la, mas também acabou se afogando.
Os dois foram encontrados boiando abraçados, o que, para familiares, simboliza a união que sempre marcou a vida do casal. Durante o resgate, foi observado que Milton usava um terço preso à calça, reforçando o perfil religioso e devoto que ele mantinha em vida.
O filho das vítimas relatou que a mãe, Maria das Graças, era cuidadora da própria mãe, de 100 anos, e que a morte representa uma perda irreparável para a família. A idosa, segundo o relato, já havia perdido outras duas filhas neste ano, o que torna a tragédia ainda mais dolorosa.
Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML), onde exames devem confirmar as causas da morte. Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que nenhuma linha de investigação está descartada e que aguarda o resultado dos laudos periciais para esclarecer completamente as circunstâncias do afogamento.
O caso gerou grande comoção na região, onde o casal era conhecido pela simplicidade, religiosidade e companheirismo. Moradores e familiares destacam que Milton e Maria das Graças viveram — e partiram — juntos, unidos até o último instante.
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