O Governo de Minas Gerais anunciou nesta quinta-feira (12) um pacote de investimentos de R$ 513 bilhões destinado ao setor de transportes e logística. O valor, que engloba recursos públicos e privados, supera em mais de três vezes a atual dívida do Estado com a União, estimada em R$ 165 bilhões, e representa quatro vezes a previsão de arrecadação de Minas para 2025, fixada em R$ 128,9 bilhões. A iniciativa, conforme o Executivo, está centrada na execução de mais de 480 empreendimentos estratégicos, distribuídos em cerca de 4.582 obras que abrangem rodovias, ferrovias, aeroportos, dutos e hidrovias.
Coordenado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o plano é apresentado como um dos mais ambiciosos já elaborados pelo governo estadual no setor logístico. Entre os projetos contemplados estão mais de 400 ações voltadas à malha rodoviária, incluindo concessões importantes como o lote da Zona da Mata, um dos maiores investimentos previstos. O pacote inclui ainda 17 intervenções ferroviárias, 13 projetos voltados ao transporte por dutos, 12 iniciativas para modernização de aeroportos regionais e duas obras relacionadas ao transporte hidroviário. Embora parte dessas ações já esteja em fase de execução, muitos empreendimentos ainda dependem de articulações com o Governo Federal e de avanços institucionais para sair do papel.
O plano foi estruturado com base em encontros regionais promovidos ao longo dos últimos meses, com o objetivo de identificar gargalos e oportunidades em todas as regiões de Minas. O resultado foi a elaboração de um documento técnico com propostas de curto prazo para qualificar o transporte de pessoas e mercadorias, aumentando a eficiência logística do Estado.
Segundo o governo, a iniciativa também marca o uso inédito no Brasil da metodologia britânica Five Case Model (5CM), ferramenta adotada para embasar tecnicamente a seleção de empreendimentos e priorização de investimentos. O modelo busca dar mais rigor e transparência às decisões, contribuindo para que os recursos – públicos ou privados – sejam aplicados em projetos com maior retorno econômico e social.
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