A partir da próxima terça-feira (3), a gestão do Anel Rodoviário de Belo Horizonte passará oficialmente para a Prefeitura da capital mineira. A transferência será formalizada em uma cerimônia marcada para as 8h30 da manhã, com a presença do prefeito Álvaro Damião (União Brasil) e do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB). O acordo marca o encerramento de uma espera de mais de quatro décadas, período em que sucessivas administrações municipais reivindicaram o controle da via considerada uma das mais perigosas da cidade.
Atualmente com 26,2 quilômetros de extensão, o Anel Rodoviário é palco recorrente de acidentes graves e tem sido motivo de preocupação constante entre motoristas e autoridades de trânsito. A expectativa da PBH é que, com a municipalização, seja possível realizar intervenções mais rápidas e eficientes para melhorar a infraestrutura e a segurança viária. O governo federal já anunciou, em fevereiro deste ano, um aporte de R$ 110 milhões para obras de revitalização e construção de dois novos viadutos no trecho, recursos que deverão ser utilizados pela administração municipal.
Ao comentar sobre a assinatura do acordo, o prefeito Álvaro Damião afirmou que a mudança representa a realização de um sonho antigo dos belo-horizontinos. A proposta, que começou a avançar no segundo semestre de 2023 com o envio de um ofício ao governo federal pelo então prefeito Fuad Noman, agora se concretiza com a assinatura do termo de transferência. A PBH se compromete a compatibilizar o Anel às demandas urbanas atuais e às projeções de crescimento da cidade, adotando medidas para garantir uma mobilidade mais segura e eficiente.
Com a nova gestão, a Prefeitura poderá agir com mais autonomia sobre a sinalização, engenharia de tráfego e manutenção da via, sem depender de instâncias federais. A expectativa é que a municipalização traga melhorias significativas na fluidez do trânsito e reduza o número de ocorrências fatais em um dos principais corredores logísticos da capital mineira.
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