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Metais pesados ​​são detectados na urina de crianças de Brumadinho; aponta estudo da Fiocruz

Presença de arsênio em níveis elevados aumentados de 42% em 2021 para 57% em 2023, segunda pesquisa sobre impactos do desastre da Vale.

25/01/2025 às 14h30
Por: Por Redação
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Foto: Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia
Foto: Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia

Um estudo conduzido pela Fiocruz Minas e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revelou a preocupante presença de metais pesados ​​na urina de crianças com até seis anos de idade em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte. Uma pesquisa, que analisa as condições de saúde da população após o rompimento da barragem do Vale em 2019, detectou níveis alarmantes de metais como arsênio, cádmio, mercúrio, chumbo e manganês, mesmo seis anos após uma tragédia que matou 272 pessoas.

De acordo com os dados, a presença de arsênio acima do limite de referência foi a mais recorrente entre os metais analisados, afetando 57% das crianças em 2023, um aumento significativo em relação aos 42% registrados em 2021. Nas áreas próximas ao local do desastre e de atividades de mineração ativa, os percentuais de exposição são ainda mais altos. Uma pesquisa que acompanha a população anualmente desde 2021 busca avaliar as mudanças nos níveis de exposição em médio e longo prazo.

Entre os adultos e adolescentes, o arsênio também é o metal mais detectado acima dos limites de referência, embora com percentuais menores: cerca de 20% em adultos e 9% em adolescentes. Em algumas regiões, a exposição chega a 20,4% desse público. Apesar de uma redução nos níveis de manganês e chumbo entre 2021 e 2023, os resultados apontam para uma exposição contínua e disseminada aos metais pesados ​​em todo o município.

Segundo a Fiocruz, embora os resultados indicados sejam expostos, eles não configuram intoxicação, que só podem ser solicitados após avaliação clínica e exames complementares. A instituição recomenda acompanhamento médico para todos os participantes com níveis acima dos limites biológicos recomendados. Além disso, destacou a necessidade de implementar uma rede de atenção à saúde em Brumadinho, capaz de realizar exames regulares para a detecção de metais pesados, não apenas nos participantes do estudo, mas também em outros moradores da região.

O estudo também revelou que, na população acima de 12 anos, embora a exposição aos metais tenha sido identificada em todos os anos analisados, os percentuais de amostras com níveis acima dos limites de referência apresentaram uma leve queda em 2023. Ainda assim, a detecção de metais como chumbo e mercúrio permanecem preocupantes, com 100% das amostras apresentando traços desses elementos no último ano.

 

Foto: Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia

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