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Casarão histórico onde morou Carlos Drummond de Andrade é demolido em Itabira

Estrutura foi cometida por obra irregular e decisão judicial determinou a demolição para garantir a segurança.

16/01/2025 às 11h00
Por: Redação
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Foto: Flavio Tavares / O Tempo
Foto: Flavio Tavares / O Tempo

Uma parte significativa da história de Itabira, cidade que foi lar do renomado poeta Carlos Drummond de Andrade, foi destruída nesta quarta-feira (15). O casarão histórico localizado na rua Tiradentes, número 194, no Centro Histórico da cidade, foi demolido após sofrer danos estruturais severos provocados por uma obra irregular realizada em terreno vizinho. A demolição, autorizada por decisão judicial, representa uma perda irreparável para o patrimônio cultural de Minas Gerais.

Construído no século XIX, o casarão foi herdado das famílias tradicionais Sampaio e Chiquinho Delegado, que desempenharam papel importante na formação da cidade. A rua Tiradentes, onde a edificação estava localizada, carrega um peso histórico ainda maior por ter abrigado a residência de Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores nomes da literatura brasileira. A destruição da casa foi lamentada pelo prefeito Marco Antônio Lage (PSB), que expressou a tristeza de ver parte da memória de Itabira desaparecer. "É um pedaço da nossa memória no chão nesse dia de hoje", declarou.

O drama começou no final de 2022, quando uma obra irregular teve início em um terreno localizado na avenida Daniel Jardim de Grisolia, que fazia parte do quintal do casarão. Sem autorização, o responsável pela obra realizou um desaterro que comprometeu a estrutura do imóvel histórico. Apesar das multas e notificações emitidas pela prefeitura, os trabalhos continuaram até serem interrompidos em janeiro de 2024.

Laudos técnicos da Defesa Civil Municipal, do Ministério Público de Minas Gerais e do Judiciário constataram que o casarão apresentava risco iminente de desabamento, ameaçando outras edificações e a segurança dos moradores da área. Diante desse cenário, uma liminar expedida no dia 14 de janeiro determinou uma demolição imediata para evitar maiores tragédias.

Além disso, as ações judiciais serão movidas contra o responsável pela obra, buscando ressarcir os custos da demolição e outras despesas.

 

Foto: Flavio Tavares / O Tempo

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